Rapando o fundão!

Ninguém me falou sobre meias verdades!
Travessias sobre pontes e desfiladeiros.
Becos escuros em cidades fantasmas.
Pessoas desconhecidas querendo opinar.
Cansei das horas de espera.
Das palavras com mentiras, vindas de bocas sorridentes.
E dentes limpos pelo dinheiro
Em meu café da manhã, mortes e roubo sobre a mesa.
Meias mentiras e verdades cruéis.
Papeis detestaveis em cores alegres.
E eu a cada dia me pergunto sobre a vida, onde ir, como chegar, em quem confiar.
Desejando ser um pouco de tudo. Criando fantasias e pesadelos. Abrindo a cabeça pelos cabelos.
Andei tentando mudar, fazendo coisas erradas, criando confusões do avesso, falando com quem não devia, esperando chegar à uma saída, encontrar um nó desatado, uma pessoa que minta menos do que o advogado do diabo.
Ando enjoado dos dias cinzas, tempos de violência, ares saturados com cheiro de cigarro e mofo...